Não sou português , Sou Algarvio

Toda a vida me disseram que tinha que ter orgulho em ser português. Na escola, em casa, em todo o lado. Nas aulas de história e de português principalmente, lá falavam os professores sobre os Reis e as suas conquistas, sobre Camões e seus poemas. Eu influenciado por tudo aquilo fui deixando-me levar (como toda a gente). No entanto alguma coisa fazia com que eu devesse de desconfiar, lá estava o meu sentido crítico a funcionar. Depois de anos a investigar um pouco sobre história e a estudar artes e cultura, cheguei a conclusão que a história de Portugal é uma história com muitas interrogações, com muitas contradições, muitas incertezas ou seja pouco genuína. Isso faz com que a história de Portugal seja falsa, em vários capítulos. No entanto as pessoas têm em si um grande sentido de autenticidade em ser português, que por mais falsa que a história por vezes possa ser, ninguém ousa saber se realmente é verdadeira ou não, as pessoas acreditam nela e pronto. É quase como, se alguém duvidasse da história ou investigasse sobre ela, pudesse ser olhado como um falso português. A realidade é que se nós acreditarmos em tudo o que nos dizem e não desconfiarmos e, por sua vez não investigarmos, vivemos numa alegoria constante. Por outro lado, a maioria das pessoas não sabe em que ano Portugal foi fundado, muitos nem sabem quem foi o primeiro Rei de Portugal (por vezes nem o último), e têm um grande orgulho em ser português. É para mim uma grande contradição eu dizer que tenho orgulho numa coisa que pouco conheço, pouco sei. Talvez não exista tanto orgulho assim.Kingdom_of_the_Algarve_CoA

Eu não sou português, sou Algarvio, é bom que isso fique aqui bem explicito por mais que o meu bilhete de identidade diga outra coisa. A questão da identidade é algo extremamente importante para toda a gente, mas não se define com um número num papel. Define-se pelo local de nascimento, numa maioria; define-se sabendo a nossa própria história; os nossos hábitos, costumes e tradições donde nós vivemos.
Nasci no Algarve, vivo no Algarve, sou Algarvio. Se existe uma cultura portuguesa ela foi muitas vezes na história influenciada por uma cultura proveniente do Algarve, por uma cultura árabe (e não só).

O Al-Gharb dos muçulmanos não era só o Algarve com as fronteiras de hoje. O Al-Gharb de Al-Andalus ia desde Coimbra (Kulūmriyya) até às fronteiras do Algarve dos dias de hoje. Já naquela altura o Algarve era um reino, aliás Silves (Xelb) era a capital desse reino e o Algarve islâmico da época atingiu um elevado esplendor cultural e económico que já vinha a crescer desde a época romana. A grande conquista cristã que a história de Portugal nos conta quebra com a realidade do que era o Algarve da altura, e com o que realmente aconteceu. Durante mais de cinco séculos (c. 711-1249), sobre o domínio dos povos islâmicos, árabes e beberes, também o cristianismo existia entre a população do Algarve. Durante séculos viveram moçárabes e cristãos sob governos muçulmanos. D. Afonso I (primeiro rei de Portugal), nunca chegou a pisar as terras do Algarve de hoje, foi seu filho, D. Sancho I que em 1189 conquistou Silves e proclamou-se como Rei de Silves e do Algarve, no entanto perde Silves para os árabes em 1191, perdendo também o título. Conseguimos perceber que existia interesse por parte dos reis na conquista (reconquista), pela simples razão de aumentar o seu reino, mas a ordem da conquista era dada pelos Papas, e os portugueses matavam em nome de Deus. Foi preciso cinco Reis portugueses e a ajuda dos Cruzados para, por mais de um século de guerras conquistarem o Al-Gharb aos muçulmanos, desde 1139 até 1249 (Cento e dez (110) anos). Mesmo, desde 1189 da conquista da grande Cidade de Silves por D. Sancho I, até 1249 da conquista de D. Afonso III, foram precisos setenta e oito anos (78 anos) para conquistar as fronteiras do Algarve de hoje (passaram as passas do Algarve).

Depois de o Rei de Leão e Castela conquistar Sevilha em Novembro 1248, fez com que D. Afonso III tomasse a decisão de lançar a última ofensiva a sul. Ambos os Reis, de Espanha e Portugal cobiçavam estas terras ricas do Al-Gharb. Na primavera de 1249 chegam as tropas portuguesas à cidade costeira de Santa Maria de Faro. Não houve ataques, nem invasões sangrentas. D. Afonso III fez apenas um acordo com os mouros estabelecendo o seguinte: deu-lhes as mesmas leis em todos os assuntos, podiam ficar com as suas casas e seus patrimónios e o Rei prometeu, defende-los e ajuda-los contra outros povos invasores. Os que quisessem ir embora poderiam ir livremente e levar seus bens. Os cavaleiros mouros que permanecessem tornar-se-iam seus vassalos, e respondiam quando fossem chamados, e o Rei devia trata-los com honra e misericórdia. Foi desta forma que D. Afonso de Portugal e do Algarve “atacou” Faro. No final de 1250, os últimos bastiões muçulmanos, em Porches, Loulé e Aljezur rendem-se e aceitam a aliança portuguesa (não é por nada que ainda hoje existe nos brasões das cidades algarvias um rei cristão (D. Afonso III) e um muçulmano). Os autores e historiadores contemporâneos portugueses desvalorizaram sempre os registos da verdadeira reconquista, fazendo com que a história ficasse marcada por uma brava e vitoriosa conquista portuguesa, por mouros que fugiram, e banhos de sangue (uma história pouco verdadeira). Os Reis espanhóis consideravam que o Reino do Algarve lhes pertencia por o Rei do Al-Gharb, Musa ibn Mohammad ibn Nassir ibn Mahfuz, Amir de Nieba, ter feito vassalagem ao Rei D. Afonso X de Espanha. D. Afonso III casou-se com a filha do Rei de Espanha Dona Beatriz de Castela em 1253 com a intenção de criar um laço de aliança (mesmo casado com Dona Matilde de Bolonha). Só em 1267, com o Tratado de Badajoz D. Afonso X de Leão e Castela concede ao Rei de Portugal o Reino do Algarve, fazendo de seu neto D. Dinis o herdeiro do Trono do Algarve.

Muito se fala dos Descobrimentos portugueses, o que não se fala é o quanto o Algarve contribui-o para isso acontecer. O que é que os portugueses sabiam sobre navegação? A realidade é que não sabiam praticamente nada, (tinham umas galés, que eram barcos de origem greco-romana, movidos a remos). A caravela portuguesa que deixa o povo muito orgulhoso é uma imitação dos barcos árabes que existiam no Algarve (barcos esses que têm o nome de caravela latina). A caravela redonda (caravela portuguesa) foi um aperfeiçoamento da caravela latina. Os instrumentos náuticos também foram influências e invenções dos árabes, como por exemplo o tão conhecido Astrolábio.

D. Dinis em 1293 criou uma bolsa dos mercados com interesse pelas exportações. Vinho e frutos secos do Reino do Algarve eram vendidos à Bélgica e à Inglaterra, foi assim que começou a desenvolver-se a ideia para os descobrimentos.
Em 1415 os infantes de Portugal invadem a cidade de Ceuta com a mesma visão da “reconquista”, mas com mais motivos. As conquistas no norte de África fez com que o Reino do Algarve, passasse a ser chamado, a partir de 1471 como Reino dos Algarves, e o primeiro rei a o usar o título foi o Rei D. Afonso V de Portugal e dos Algarves, d’Aquém e d’Além-Mar em África. Não é que existisse dois Algarves, mas apenas um, com dois territórios (o de cá, e o de lá do mar). O que existia na verdade era apenas uma expansão do Reino do Algarve para além do mar, já que o Reino de Portugal acabava no Alentejo.
Começa então em 1415 com a conquista de Ceuta a Era dos “descobrimentos portugueses”. A ilha do Porto Santo é descoberta em 1418, e a ilha da Madeira em 1419 por João Gonçalves Zarco. Na descoberta do arquipélago dos Açores, dá-se bastante relevo a Gonçalo Velho Cabral com os ilhéus das Formigas em 1431. Não tanto relevo tem Diogo de Silves pela descoberta dos Açores em 1427 (4 anos antes de Gonçalo Velho), talvez por ser algarvio. Na verdade antes destas descobertas já os algarvios iam até à ilha da Madeira à pesca, e os mouros também já teriam conhecimento destes dois arquipélagos.

Recuando um pouco atrás, em 1319, o Papa João XXII a pedido de D. Dinis, cria uma ordem religiosa e militar, a chamada Ordem de Cristo. D. Dinis o Rei legítimo do Reino do Algarve concede o Castelo de Castro Marim para sede da Ordem. Passados cem anos, em 1419 D. João I faz do seu filho Infante D. Henrique Governador do Reino do Algarve, e em 1420 torna-se Grão-mestre da Ordem de Cristo.
O Infante percorreu todo o Algarve à procura de gente com experiência marítima, dormiu em muitos lugares diferentes no Algarve. Ainda hoje em Portugal diz-se que a Escola Infante Sagres, que terá sido fundada em 1417, e que terá formado Vasco da Gama e Cristóvão Colombo não passa de um mito. O que as pessoas não sabem é que o nome Escola vem do grego “Scholé”, e significa lugar do ócio, que naquela altura era o tempo para uma Conversação, e o tempo para o desenvolvimento da reflexão, e não propriamente um lugar específico para ensinar.

Platão, tal como Aristóteles nunca deram as suas aulas em nenhum edifício na Grécia mas sim em jardins chamados: “Academus”, e “Lyceum” (dando origem às palavras de hoje “Academia”, e “Liceu”). Não existe vestígios físicos das suas escolas, no entanto ninguém dúvida que as suas escolas tenham existido. O acontece com o Infante é um pouco de nada diferente. O Infante veio ao Reino do Algarve para aprender sobre navegação marítima, tornando-se na verdade um político da navegação dos “Descobrimentos” através da Ordem de Cristo e como Governador deste reino. Apesar de ter ficado com a alcunha de “O Navegador”, o Infante apenas fez algumas viagens a Ceuta como um comandante político, e não como navegador. Podemos considerar com isso, todo o Algarve como a Escola Náutica do Infante, apesar de ele ter dito que Sagres foi o local físico de sua Escola de Navegação (o local da conversação).

O Reino do Algarve na história de Portugal é quase inexistente, a maioria dos algarvios e portugueses nunca ouviram falar deste reino. Há autores que dizem que o Reino do Algarve em nada se diferenciava do resto de Portugal mas não é assim tão verdade. É certo que as leis de Portugal serviam para o Algarve mas não deixava, e não deixa de ter, outros hábitos e outros costumes, outras tradições, fazendo desta terra um grande espólio multi-cultural que não há igual, em nenhuma outra terra em Portugal. O Reino do Algarve não era um reino autónomo é verdade, era semi-autónomo separado pela serra algarvia, separado por vontade dos próprios reis portugueses (nomeando sempre um governador para este Reino régio), separado por uma aliança com os cidadãos algarvios e reis de Castela. Dizem certos autores que nenhum rei português foi coroado ou saudado como sendo apenas Rei do Algarve, é verdade, no entanto os próprios Reis portugueses quiseram que continuasse a ser um outro reino à parte, e estes autores esquecem-se ainda que quem fundou o Reino do Algarve não foram os reis portugueses. A única vez que o Reino do Algarve foi abolido foi em 1773 por D. José I (influências do Marquês de Pombal), mas a sua filha, a Rainha Dona Maria I volta a o restaurar (porque será?). Existe também a referência por parte de certos autores que os reis portugueses até 1910 usaram sempre o título de Reis de Portugal e dos Algarves d’Aquém e d’Além-Mar em África, mesmo depois de terem perdido os territórios no norte de África em 1769, dando a ideia de algo absurdo por parte dos reis, continuarem a usar tal título. Parece que certos autores não conseguem compreender que mesmo depois de 1769 (perda da Cidade de Mazagão), os reis portugueses continuavam a ter vários territórios em África, os títulos dos reis não diziam: Algarves do norte de África. Outro mal-entendido é em relação ao escudo de Portugal, que uma maioria dos autores não considera os 7 castelos, como fortificações algarvias conquistadas pelos reis portugueses aos mouros. Eles consideram que os castelos do escudo sejam fortificações que o primeiro Rei de Portugal conquistou aos mouros. Aconselho então a irem ver um mapa de Charles Bonnet (Mappa geográfico da província do Alentejo e do Reino do Algarve (Portugal), na Biblioteca nacional digital). Nesse mapa vão ver que existe dois Brasões, o do Alentejo, e outro do Reino do Algarve. O brasão do Reino do Algarve são os 7 castelos do escudo de Portugal (apesar de existir outro brasão do Algarve).

Os Reis de Leão e Castela (Espanha) também usaram títulos como Reis dos Algarves, aliás, ainda hoje isso acontece. O Rei Juan Carlos I é o Rei dos Algarves pela constituição monárquica espanhola de 1978. Para quem não sabe Espanha já teve república, e como não correu nada bem voltaram a restaurar a monarquia. Isto aplica-se ao que Alexandre Herculano um dia disse: ” Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-los“.(mas isso é uma outra história).

O Reino do Algarve englobava todos os territórios africanos dos reis. Também podemos olhar para a ilha da Madeira como parte desse reino, ainda mais por D. Duarte ter doado a seu irmão o Infante D. Henrique (Governador do Reino do Algarve), o arquipélago da Madeira. Sendo extremamente irónico a ilha Madeira hoje ser uma região autónoma (ou semi-autónoma) e o Algarve não.
O que sempre existiu em Portugal foi um Reino Unido de Portugal e Algarve tal como acontece ainda hoje na Grã-Bretanha, com Inglaterra, País de Gales, Escócia e Norte da Irlanda, unidos. Mais tarde em 1815 também o Reino do Brasil fazia parte desse reino unido (no entanto é proclamada a independência do Brasil em 1822).

rei

Em 1910 com o golpe de estado por parte dos republicanos, dá-se a proclamação da 1ª República portuguesa, em que se aboliu o Reino de Portugal. Os republicanos portugueses no entanto esqueceram-se de abolir o Reino do Algarve. Os republicanos deixaram a nós, povo algarvio um vazio jurídico (uma lacuna), que faz com que ainda hoje o Reino do Algarve exista.
Portugal já vai na 3ª república, e é bom não esquecer que vai na 2ª república democrática. Para quem não sabe a constituição da 2ª república do estado novo 1933, estabelece um compromisso democrático que deu na conhecida ditadura salazarista. Aliás desde que o estado português é uma república que a ditadura esteve, quase sempre presente, que não se pense que a ditadura só existiu na monarquia absolutista.

O Algarve é hoje a única colónia que nunca se conseguiu ver livre de Portugal. Se o objectivo era quebrar com a pouca autonomia que o Algarve tinha e fazer com que o povo Algarvio ficasse cada vez mais ingénuo e ignorante, para se poder usufruir do Algarve e dos Algarvios como servidores e dependentes de Portugal, a república portuguesa conseguiu, mas nada dura para sempre. É irónico como uma terra que vinha desde a época romana a crescer, que tinha até uma das cidades romanas mais importantes da península ibérica (Balsa séc. I a.C.), perde o seu poder e a sua auto-estima, como se dos outros dependesse. Os autores e historiadores têm também culpa nisto, omitir o Reino do Algarve cada vez que se fala sobre a “reconquista portuguesa” ou sobre os “descobrimentos” é das duas, uma: desconhecimento da história, ou por e simplesmente querer ocultar este Reino (esconder a verdade). Isto faz com que a história de Portugal seja mais ficcional do que verdadeira. Tal como o uso das palavras como “Conquista” ou “Invasão”, são usadas para identificar diferentes autores: os muçulmanos “invadiram” a península ibérica; os portugueses “conquistaram” Ceuta, a Índia e o Brasil (os portugueses não invadiram, conquistaram!).

O Algarve já há séculos que anda com Portugal às costas, e o reconhecimento que tem, é ver desvalorizada a sua herança cultural, a sua história. O reconhecimento que tem é a negação ao seu estatuto autónomo por direito. Mas o Algarve na verdade não precisa de Portugal para nada, o produto interno bruto do Algarve é bastante elevado, é ridículo o Algarve ser a 3ª zona mais rica de Portugal, atrás da Madeira. Mas, Portugal sabe que, se desse autonomia ao Algarve, o Algarve muito rapidamente se tornava a zona mais rica do País, e isso não é nada bom para a região de Lisboa. A Madeira também só é a segunda zona mais rica por ser uma região autónoma mas se repararmos, o Algarve, geograficamente é quase 6 vezes maior que a Ilha da Madeira, temos mais de 450 mil habitantes, a Madeira nem chega a 300 mil habitantes. O Algarve é a zona turística mais importante de Portugal e uma das mais importantes da Europa e no entanto pouco ou nada recebe de fundos comunitários como se o Algarve já estivesse  bastante desenvolvido. Se o Algarve é uma zona desenvolvida foi certamente também por fundos comunitários, mas os investidores é que fizeram com que o Algarve seja hoje, uma zona bastante competitiva no turismo internacional, e os únicos protagonistas são os privados, e o povo Algarvio. A verdade é que o poder político central, e mesmo os políticos do Algarve parecem ter um grande desconhecimento sobre esta terra dourada. Os políticos do Algarve principalmente, deviam de defender mais os interessem desta terra e deste povo, e não o fazem como deve de ser, parece que foram engolidos por partidos que olham para esta terra como se fosse uma concessão de praia. Precisamos de políticos capazes, de políticos Algarvios para defender com garra esta herança cultural, e este património milenar.

 

   A arquitectura moderna, sem qualidade numa maioria, descaracteriza aquilo que é a nossa arquitectura algarvia (uma arquitectura genuína). Fazem-se obras desnecessárias e esquecem-se das casas em ruínas (a cair), esquecem-se dos castelos e fortalezas que, no grave estado em que estão, dão a ideia de que a história e cultura algarvia ficou perdida no tempo.
Existem exemplos por toda a Europa de países extremamente pequenos que tiveram um grande sucesso, tal como o Luxemburgo que só é independente desde 1867, e que é duas vezes mais pequeno que o Algarve.
O Principado de Andorra que é também bastante pequeno mas não deixa de ser um País independente. A sua língua oficial é o catalão, e o País funciona com uma monárquica constitucional, sendo também um bom exemplo (Principado é um Estado cujo o soberano é um príncipe ou uma princesa).

 

   Acredito que mais tarde ou mais cedo a independência do Algarve aconteça, tal como existe essa vontade na Catalunha em relação a Espanha, tal com existe essa vontade na Escócia em relação a Inglaterra. Só depende dos Algarvios, só depende de quanto tempo mais, nós (povo Algarvio), quisermos andar com Portugal às costas, e continuarmos a dar todo dinheiro que produzimos e ganhamos a um Portugal que nos desvaloriza e menospreza, fazendo o querem do Algarve, sem o consentimento e a permissão dos Algarvios.

Cartaz do Reino do Algarve

Manifesto ao Povo Algarvio.
Em defesa do Algarve e dos Algarvios.
Fonte: http://desorganizacoes.blogspot.de/2014/02/nao-sou-portugues-sou-algarvio.html?showComment=1392326983122#c6237541873991355247
 

 

Comenta: