Factos que tu não sabias sobre as obras na Dona Ana

Alguns factos que tu não sabes sobre as obras na Praia Dona Ana:

 

 

– Há 16 anos o Presidente da CML já pressionava para aumentarem a Praia de Dona Ana. Na altura tratava-se apenas do interesse do turismo de massas ou de “toalha na areia”.

– Entretanto há 6 anos uma falésia soterrou uma famíla noutra praia, na praia Maria Luísa. A questão da segurança passou a ser um argumento de peso. Em resultado disso um leixão na Praia de Dona Ana foi logo destruído.

– Mas, recentemente o Governo decidiu mudar de paradigma para a costa Portuguesa: sempre que possível seriam recuados edifícios e quando tal não fosse possível haveriam alimentações artificiais na costa Portuguesa. Acabariam os esporões, quebra-mares etc.

– E ainda, entretanto o paradigma do turismo mudou totalmente: a conjuntura do turismo actual favorece o turismo de “experiência”, é muito importante haverem praias bonitas como a praia de Dona Ana não para a “toalha na areia” mas para passeios a pé ou em pequenas embarcações, fotos, admiração da paisagem e da biodiversidade. A Praia da Dona a Ana e a Ponta da Piedade foram consideradas da mais bonitas do Mundo.

Mas, na prática, o que está a ocorrer na Praia de Dona Ana vai totalmente contra os paradigmas actuais, defendidos pelo Governo e pelos especialista em turismo.

1) Não se optou pelo recuo dos edifícios, o que seria pelo menos de considerar pois eles estão demasiado próximos das arribas que em alguns locais estão instáveis.

2) Optou-se pelo enchimento artificial, neste caso com o argumento da segurança apenas e usando o financiamento para a protecção costeira propranolol pills 10mg. Ora a praia não ficará segura mesmo com mais 40 m de largura pois as arribas são demasiado altas.

3) O projectista optou por adicionar a construção dum esporão, à alimentação artificial, o que é excessivo perante o novo paradigma de protecção costeira.

4) O construtor optou por fazer uma estrada de terra e pedra sobre a praia, o que não estava no projecto de execução.

Assim, entorse após entorse, vamos subvertendo o novos paradigmas de protecção costeira e do turismo. Gastamos muito dinheiro e perdemos um dos nossos últimos recursos naturais: a beleza da paisagem natural, que tanto nos faz falta não só pela nossa qualidade de vida mas também para sairmos da crise.

Texto de Pedro Bicudo